Tecle no título e veja a entrevista mais inteligente que o Datena já deu.
Tecle na foto e compre uma briga que vale a pena. Eu não sou adepto, mas apoio!
Desde tempos imemoriais o homem se diverte com a desgraça alheia. Um padrão triste de comportamento que, geração após geração, se repete, deixando-nos envergonhados de tamanha carnificina em prol do entretenimento.
Sabedores deste fato, os governantes sempre lançaram mão de recursos cruéis para aumentarem sua popularidade. Gladiadores lutavam até a morte no império romano, homens eram crucificados por seus crimes, mulheres apedrejadas por seus erros.
Lançavam mão de tais recursos, também, para controlar o povo que, assistindo a tais eventos, vendo que os envolvidos se feriam, sentiam-se mais “aliviados” e consideravam seus problemas mais simples, visto que não era necessário sangue para resolve-los.
Até hoje é assim. Na TV, vemos desde o sofrimento mental de Susan Boyle e sua evidente doença até Datena falando sobre bandidos foragidos no centro de São Paulo. Uma leve zappeada pelos canais de nossa TV aberta é o bastante para ver os gladiadores do nosso cotidiano e seu banho de sangue contínuo e ininterrupto.
A TV nos oferece este “ópio desnecessário”. Um bálsamo mentiroso que nos vicia e nos prende diante dela, em uma relação de amor e ódio que apenas expõe a miséria humana e a necessidade de simplificar nossos relacionamentos.
De linguagem dinâmica e rápida, calcado no carisma (nem sempre cativante, mas sempre marcante) de seus apresentadores, programas como o Brasil Urgente ainda existem, e teimam em encher nossas TVs da miséria humana mais degradante.
Os pobres de espírito, tristes, desolados, solitários e abandonados de todos os lugares ainda assistem a estas desgraças, enchendo suas mentes de fatos tristes e opiniões extremas.
São favoráveis à pena de morte quando lhes convém. Querem prisão perpétua quando é interessante. Vêem como heroísmo os linchamentos e como vilões a maioria dos policiais que apenas está fazendo seu trabalho. Programas assim colaboram com os bandidos, que só querem publicidade e estão longe de receber a punição merecida.
Aqui na empresa onde trabalho uma moça sempre traz as “boas novas” que o Datena apresenta. Crianças mortas de fome, seqüestros relâmpagos, incêndios, assassinatos, policiais corruptos. Sempre a mesma história, com diferentes personagens e ambientes, mas sempre com o mesmo final: tragédia. Fico pensando em como ela lida com os próprios problemas. A televisão é o ópio do povo, e ela já está viciada.
Como disse, desde tempos imemoriais ver o problema alheio é motivo de entretenimento, pois nos isola de nossos próprios problemas, nos transformando em conformistas deterministas. Frases como “este mundo não tem jeito”, “disso para pior” são comuns na boca destas pessoas, que agradecem a Deus pelas próprias misérias serem tão pequenas perto daquelas que vêem na TV.
E na TV, os gladiadores de hoje ainda lutam. Sangue ainda escorre pelas telas e o som dos tiros pode ser ouvido a milhas de distância. Enquanto a miséria à sua volta não é tratada, o cidadão zappeia sua TV em busca de uma miséria alheia, à qual ele está alheio, mas da qual quer participar, pois não vai piorar sua vida e ele vai poder comentar algo com os outros “cidadãos padrão” que estão à sua volta. A “máquina de fazer doido” continua a atacar impiedosamente, e o cidadão, coitado, continua parado, na mesma, apenas recebendo os golpes e pedindo mais.
Sabedores deste fato, os governantes sempre lançaram mão de recursos cruéis para aumentarem sua popularidade. Gladiadores lutavam até a morte no império romano, homens eram crucificados por seus crimes, mulheres apedrejadas por seus erros.
Lançavam mão de tais recursos, também, para controlar o povo que, assistindo a tais eventos, vendo que os envolvidos se feriam, sentiam-se mais “aliviados” e consideravam seus problemas mais simples, visto que não era necessário sangue para resolve-los.
Até hoje é assim. Na TV, vemos desde o sofrimento mental de Susan Boyle e sua evidente doença até Datena falando sobre bandidos foragidos no centro de São Paulo. Uma leve zappeada pelos canais de nossa TV aberta é o bastante para ver os gladiadores do nosso cotidiano e seu banho de sangue contínuo e ininterrupto.
A TV nos oferece este “ópio desnecessário”. Um bálsamo mentiroso que nos vicia e nos prende diante dela, em uma relação de amor e ódio que apenas expõe a miséria humana e a necessidade de simplificar nossos relacionamentos.
De linguagem dinâmica e rápida, calcado no carisma (nem sempre cativante, mas sempre marcante) de seus apresentadores, programas como o Brasil Urgente ainda existem, e teimam em encher nossas TVs da miséria humana mais degradante.
Os pobres de espírito, tristes, desolados, solitários e abandonados de todos os lugares ainda assistem a estas desgraças, enchendo suas mentes de fatos tristes e opiniões extremas.
São favoráveis à pena de morte quando lhes convém. Querem prisão perpétua quando é interessante. Vêem como heroísmo os linchamentos e como vilões a maioria dos policiais que apenas está fazendo seu trabalho. Programas assim colaboram com os bandidos, que só querem publicidade e estão longe de receber a punição merecida.
Aqui na empresa onde trabalho uma moça sempre traz as “boas novas” que o Datena apresenta. Crianças mortas de fome, seqüestros relâmpagos, incêndios, assassinatos, policiais corruptos. Sempre a mesma história, com diferentes personagens e ambientes, mas sempre com o mesmo final: tragédia. Fico pensando em como ela lida com os próprios problemas. A televisão é o ópio do povo, e ela já está viciada.
Como disse, desde tempos imemoriais ver o problema alheio é motivo de entretenimento, pois nos isola de nossos próprios problemas, nos transformando em conformistas deterministas. Frases como “este mundo não tem jeito”, “disso para pior” são comuns na boca destas pessoas, que agradecem a Deus pelas próprias misérias serem tão pequenas perto daquelas que vêem na TV.
E na TV, os gladiadores de hoje ainda lutam. Sangue ainda escorre pelas telas e o som dos tiros pode ser ouvido a milhas de distância. Enquanto a miséria à sua volta não é tratada, o cidadão zappeia sua TV em busca de uma miséria alheia, à qual ele está alheio, mas da qual quer participar, pois não vai piorar sua vida e ele vai poder comentar algo com os outros “cidadãos padrão” que estão à sua volta. A “máquina de fazer doido” continua a atacar impiedosamente, e o cidadão, coitado, continua parado, na mesma, apenas recebendo os golpes e pedindo mais.