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Meu relacionamento com Deus sempre foi muito oscilante. Não por que Ele me deixasse à míngua à espera e algo que não podia me oferecer. Ao contrário, sempre me supriu de forma sobrenatural, e é necessário, para me entender, entender que sou cristão, evangélico e que esta é uma das poucas coisas sobre as quais eu tenho certeza, assim como meu casamento.
Deus me tomou quando eu era criança ainda, mas eu não quis ceder. Nossos primeiros encontros foram marcados pelo medo. Em minha casa havia um crucifixo de bronze que ficava pendurado sobre a porta da cozinha sobre um fundo de madeira. Em minha criativa infância eu imaginava que Jesus sairia da cruz e viria me pegar. Sempre o imaginei saindo pela porta da cozinha, vestindo uma roupa branca, toda ensangüentada, com as mãos furadas e gritando “foi você que me feriu, e eu vim te pegar!”
Nas missas, quando o padre falava “Jesus está aqui”, eu o imaginava surgindo ao meu lado, com as mãos furadas e os olhos tristes das imagens de gesso que povoavam as capelas campineiras para me assustar. Ficava olhando em volta à caça de seus olhos marejados, dos cabelos castanhos longos e as barbas bifurcadas (influência de alguma época artística onde esta característica era valorizada).
Os filmes sobre a paixão, não os conseguia assistir. Não conseguia passar pela tortura de ver Jesus sofrendo as agruras que estava sofrendo ali, diante de meus olhos. As chagas das mãos sempre me deram medo. Talvez por que eram as mais destacadas e por que eu sempre imaginava minhas mãos sendo perfuradas por grandes pregos. Medo, em minha infância, foi um sentimento muito presente.
Quando disse que Deus me tomou quando eu era criança, foi bem criança mesmo. Um vizinho que morava em meu prédio, Sebastião, discípulo sediado na Primeira Igreja Batista de Campinas, levava a mim e às outras crianças do prédio ao Mcdonalds. Porém, antes de irmos à fatídica lanchonete, passávamos algum tempo no culto do ministério que ele freqüentava. Deus começava a desenhar ali o que viria a ser a minha salvação. Seu projeto não parou, apesar de eu procurar me desviar dele (tentativa inútil) Ele nunca desistiu.
Conforme envelheci, comecei a descobrir que a imagem que fazia de Deus era baseada em uma visão errada de quem Ele é realmente em minha vida. Pensava em um Deus punitivo, quando, na verdade, era um Deus cheio de amor que olhava para mim do céu. Enquanto eu pensava em julgamento, ele pensava em piedade. Se eu tinha em minha mente “punição”, ele oferecia consolo e abrigo.
Abri meus olhos para quem Deus é realmente. Não uma imagem de rosto agonizante presa em uma cruz, mas Aquele que venceu a morte e atravessou os séculos ensinando sobre seu amor e sobre a obra que quer fazer em nossas vidas.
Na escola, as imagens em feltro presas sobre um cenário bonito me ensinaram sobre o pecado de Adão, e sobre como todos nós somos sujeitos ao pecado. Havia em minha classe uma menina japonesa budista e quando tínhamos aulas de religião ela saída da sala. Alguns professores não gostavam disso, mas creio que o respeito ao credo alheio só fortalece a sua fé em seu próprio credo.
Billy Graham, quando interpelado por Woody Allen em uma entrevista para este em um programa de TV, respondeu a uma provocação do cineasta “Billy, vou te converter ao ateísmo”. “Você pode tentar, conversar com você só fortalecerá ainda mais minha fé”.
Nem todo mundo, quando desafiado por uma mente arguta, consegue manter seu argumento de pé. E não estou falando de estudo contínuo da Bíblia, de forma cansativa e exaustiva. Uma simples leitura diária, calma e descompromissada, nos mostra as respostas que procuramos muitas vezes em nossos momentos de existencialismo mais profundo.
Não minto. Não me converti por motivos nobres. Meus primeiros passos na igreja foram dados ao lado de minha esposa, que, na época, era minha namorada. Ela estava escolhendo a igreja enquanto eu ficava para trás. Para não perder a mulher que eu amava, resolvi perder o medo de meu rival e quis conhece-lo, saber quem ele era. A melhor coisa que poderia me acontecer foi escolher o embate, pois, da mesma forma que Billy Graham encarou Woody Allen, com o peito aberto, Jesus me encarou e me mostrou a infelicidade de minha falta de fé e a incerteza com que meus pés vacilantes andavam.
Jesus abriu os braços para mim e já não havia medo, mas uma curiosidade intensa, uma vontade profunda de conhece-lo, saber quem era, descobrir sua vontade para mim. Descobri que, além das chagas, havia um homem que amou toda a humanidade e que me amou e que fez aquilo por mim não por que eu o puni, mas por que Ele me amou antes de eu vir a existir.
Entender isso foi fundamental para entender quem eu era. A relação que eu tinha com Deus e com Jesus mudou totalmente. Ele está além da cruz. Ele está além do sofrimento. Ele passou por isso para que eu não passasse, mas, ao contrário do que todas as imagens que vi me falavam, passou por que escolheu isso.
Deus me tomou quando eu era criança ainda, mas eu não quis ceder. Nossos primeiros encontros foram marcados pelo medo. Em minha casa havia um crucifixo de bronze que ficava pendurado sobre a porta da cozinha sobre um fundo de madeira. Em minha criativa infância eu imaginava que Jesus sairia da cruz e viria me pegar. Sempre o imaginei saindo pela porta da cozinha, vestindo uma roupa branca, toda ensangüentada, com as mãos furadas e gritando “foi você que me feriu, e eu vim te pegar!”
Nas missas, quando o padre falava “Jesus está aqui”, eu o imaginava surgindo ao meu lado, com as mãos furadas e os olhos tristes das imagens de gesso que povoavam as capelas campineiras para me assustar. Ficava olhando em volta à caça de seus olhos marejados, dos cabelos castanhos longos e as barbas bifurcadas (influência de alguma época artística onde esta característica era valorizada).
Os filmes sobre a paixão, não os conseguia assistir. Não conseguia passar pela tortura de ver Jesus sofrendo as agruras que estava sofrendo ali, diante de meus olhos. As chagas das mãos sempre me deram medo. Talvez por que eram as mais destacadas e por que eu sempre imaginava minhas mãos sendo perfuradas por grandes pregos. Medo, em minha infância, foi um sentimento muito presente.
Quando disse que Deus me tomou quando eu era criança, foi bem criança mesmo. Um vizinho que morava em meu prédio, Sebastião, discípulo sediado na Primeira Igreja Batista de Campinas, levava a mim e às outras crianças do prédio ao Mcdonalds. Porém, antes de irmos à fatídica lanchonete, passávamos algum tempo no culto do ministério que ele freqüentava. Deus começava a desenhar ali o que viria a ser a minha salvação. Seu projeto não parou, apesar de eu procurar me desviar dele (tentativa inútil) Ele nunca desistiu.
Conforme envelheci, comecei a descobrir que a imagem que fazia de Deus era baseada em uma visão errada de quem Ele é realmente em minha vida. Pensava em um Deus punitivo, quando, na verdade, era um Deus cheio de amor que olhava para mim do céu. Enquanto eu pensava em julgamento, ele pensava em piedade. Se eu tinha em minha mente “punição”, ele oferecia consolo e abrigo.
Abri meus olhos para quem Deus é realmente. Não uma imagem de rosto agonizante presa em uma cruz, mas Aquele que venceu a morte e atravessou os séculos ensinando sobre seu amor e sobre a obra que quer fazer em nossas vidas.
Na escola, as imagens em feltro presas sobre um cenário bonito me ensinaram sobre o pecado de Adão, e sobre como todos nós somos sujeitos ao pecado. Havia em minha classe uma menina japonesa budista e quando tínhamos aulas de religião ela saída da sala. Alguns professores não gostavam disso, mas creio que o respeito ao credo alheio só fortalece a sua fé em seu próprio credo.
Billy Graham, quando interpelado por Woody Allen em uma entrevista para este em um programa de TV, respondeu a uma provocação do cineasta “Billy, vou te converter ao ateísmo”. “Você pode tentar, conversar com você só fortalecerá ainda mais minha fé”.
Nem todo mundo, quando desafiado por uma mente arguta, consegue manter seu argumento de pé. E não estou falando de estudo contínuo da Bíblia, de forma cansativa e exaustiva. Uma simples leitura diária, calma e descompromissada, nos mostra as respostas que procuramos muitas vezes em nossos momentos de existencialismo mais profundo.
Não minto. Não me converti por motivos nobres. Meus primeiros passos na igreja foram dados ao lado de minha esposa, que, na época, era minha namorada. Ela estava escolhendo a igreja enquanto eu ficava para trás. Para não perder a mulher que eu amava, resolvi perder o medo de meu rival e quis conhece-lo, saber quem ele era. A melhor coisa que poderia me acontecer foi escolher o embate, pois, da mesma forma que Billy Graham encarou Woody Allen, com o peito aberto, Jesus me encarou e me mostrou a infelicidade de minha falta de fé e a incerteza com que meus pés vacilantes andavam.
Jesus abriu os braços para mim e já não havia medo, mas uma curiosidade intensa, uma vontade profunda de conhece-lo, saber quem era, descobrir sua vontade para mim. Descobri que, além das chagas, havia um homem que amou toda a humanidade e que me amou e que fez aquilo por mim não por que eu o puni, mas por que Ele me amou antes de eu vir a existir.
Entender isso foi fundamental para entender quem eu era. A relação que eu tinha com Deus e com Jesus mudou totalmente. Ele está além da cruz. Ele está além do sofrimento. Ele passou por isso para que eu não passasse, mas, ao contrário do que todas as imagens que vi me falavam, passou por que escolheu isso.